![]() |
Mapa do “Crescente Fértil”, com a Mesopotâmia a leste (direita), com índice de chuvas na região. |
Parece que o Paraíso Terrestre ficava em algum lugar na Mesopotâmia, se acreditarmos em algumas fontes bíblicas, os mais antigos registros do imaginário ocidental. Durante muito tempo a história preocupou-se mais em apresentar as criações dos poetas, filósofos, legisladores, conquistadores e líderes políticos. A base da pirâmide social, a gente do povo, aqueles que devem ganhar a vida através do trabalho duro, foram durante muito tempo ignorados.
![]() |
Antigos carros de guerra representados no Estandarte de Ur, ca. 2.500 a.C. |
Durante muito tempo, esta base da pirâmide foi constituída pelos camponeses que se dedicavam à agricultura e à criação de animais, trabalhando de sol a sol. E assim era na Mesopotâmia; viviam em casas simples e modestas, com mobiliário e indumentária escassos. Os trajes identificavam as diferenças sociais, pois tratava-se já de uma sociedade bastante diversificada e hierarquizada – as roupas também eram símbolos de poder e riqueza, diferenciando as camadas sociais.
![]() |
Painéis da “Paz” acima e “Guerra”, abaixo, Estandarte Real de Ur, em conchas, calcário, lápis-lázuli e betume, ca. 2.600 a.C., British Museum. |
Mesopotâmia significa, em grego, “país entre rios”, ou seja, os rios Tigre e Eufrates que banham seu território, local de surgimento de várias civilizações e dos primeiros grandes impérios (a própria idéia de império surge na Acádia, com Sargão I).
A civilização Sumérica e Acádica constituiu a base sobre a qual se assentaram várias civilizações posteriores, que se sucederam no tempo. Aqui nasceram a escritura, as primeiras escolas, a literatura, a medicina, o desenvolvimento das artes – este é o legado das primeiras civilizações oriundas da agricultura irrigada de cereais, cujo impulso inicial foi a Revolução Agrícola do Neolítico.
![](https://multiploscaminhos.wordpress.com/wp-content/uploads/2013/03/imagem61.png?w=730)
![](https://multiploscaminhos.wordpress.com/wp-content/uploads/2013/03/imagem6.png?w=255)
- Saiote de pele com pêlo animal (kaunakés). Característica: tufos de lã visíveis externamente na peça.
- Conhecimento da tecelagem.
- Indumentária: características ainda primitivas.
- Base das roupas: pele animal ou tecido artesanal. Os tufos acabam se deslocando para as extremidades, transformando-se em franjas (servindo como adorno e acabamento para o tecido).
HOMENS: kaunakés mais curtos (às vezes até a panturrilha), algumas vezes com o torso nu.
MULHERES: trajes longos cobrindo o colo.
- Os trajes que cobriam todo o corpo de ambos os sexos eram às vezes enrolados em todo o corpo. Mais tarde, estes trajes foram substituídos por uma túnica com mangas.
- Tecidos mais usados: algodão (produzido na Mesopotâmia ou importado da Índia), lã e linho e, mais tarde, acesso à seda, vinda da China.
- A suntuosidade das roupas e acessórios indica a posição de prestígio social de quem as usa.
Oi. Passei para conhecer o seu blog e também estou seguindo. Adoro história!
Aulas melhores do que as dadas em escolas públicas daqui.
Afinal, quem quer aprender vai à procura, né mesmo? Seu blog contribui muito pra isso.
ola Gran Circo, passando aqui pra retrebui o seguimento, abraços…